Wednesday, September 07, 2005

Mail art

Quando no início dos anos 6o o novaiorquino Ray Johnson, artista conceitualista do movimento Fluxus Art enviou aos seus amigos, pelo correio, pedaços de suas obras por terminar, para fazê-los participar da criação, talvez não pudesse imaginar que estaria dando o primeiro passo para a criação de uma prática artística que se tornaria um fenômeno mundial complexo e multidirecional.
A Mail art ou Networking como é chamada hoje, é uma forma de expressão fundamentalmente conceitual, experimental e vanguardista que emprega códigos verbais, plásticos, fotográficos, publicitários, cibernéticos, etc. e se baseia na liberdade de intercâmbio de meios e formas: colagens, quadros, fotos, poemas visuais, poemas verbais, CDROMs, vídeos, postais, fotocópias, objetos, enfim, tudo o que possa ser enviado pelo correio.
De caráter essencialmente democrático, libertário e iconoclasta, a Mail art reage contra as porcentagens de galeristas e marchands, se posicionando como um produto de comunicação, e não uma mercadoria. Assim sendo, as obras não são comercializadas e normalmente são doadas a museus e instituições culturais. Além disso, não existe seleção, competição, prêmio ou censura. Todos podem participar.
Não obstante sua independência e insubordinação, praticamente quase todas as bienais e eventos culturais reconhecidos realizam seu Salão de Arte Postal, fato que consolida cada vez mais a Mail art como uma importante expressão artística.

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